Kit de emergência de análise de água por R$25,00
A situação da estiagem é crítica e os métodos de captação tem sido os piores possíveis, nós não sabemos como captar e tratar boa água e é importante admitir para aceitarmos os métodos mais básicos como o primeiro passo em sistemas interdependentes de saneamento humano. Alternativas como um biofiltro hidropônico seria a melhor caminhada até soluções, mas não é fácil construir um.
Contamos com o apoio dos netweavers entorno da Caminho das Águas para contatar a microbióloga Rosemeire Bueno e a química Andrea Varsoni Carreri do CEUNSP na tentativa da criação de um kit de emergência para a análise das águas que tem sido utilizada pelas pessoas da cidade nestes tempos de estiagem.
E a resposta foi rápida e simples pois há uma dissertação de mestrado de autoria de Luiz Gomes Junior na UFMG que trata da construção deste kit, com o modelo básico orçado em R$ 25,00 (não sabemos o valor dos materiais em Itu).
A seguir vamos extrair alguns itens da dissertação do Luiz Gomes Júnior e destacá-los aqui para descobrirmos como montar o seu kit de emergência. Esse kit possibilitará averiguar a qualidade da água de forma rápida e “in loco”. Estamos procurando onde comprar os materiais, qualquer ajuda será bem vinda.
Cabe orientar que ainda não é 100% confiável o resultado e que devem ser feitos os procedimentos de tratamento da água como fervura por 5 a 10 minutos, repouso por 30 minutos com água sanitária (2 gotas por litro) ou cloração.
– Imagem do kit de emergência
– Tabela de materiais do kit de emergência
– Manual de instruções do kit alternativo
1o passo:
Com um balde bem limpo, lave-o três vezes com a água do reservatório e, em seguida, colete a água no centro do reservatório. Essa água servirá para realizar todos os testes.
2o passo:
Medição do pH:
Com as mãos bem lavadas pegue o tubo de ensaio para medir o pH. Encha-o até faltar ao equivalente a um dedo para completá-lo com a água do balde. Em seguida, adicione 3 (três) gotas do indicador universal (etiquetada como “pH”) e agite até a coloração ficar homogênea. Depois compare a cor com as da escala colorimétrica (01) de pH e verifique qual o pH mais próximo.
3o passo:
Presença de turbidez e a cor:
Com as mãos bem limpas, pegue o recipiente identificado para medir a turbidez e a cor. Enchê-lo até faltar ao equivalente a um dedo para completá- lo com a água do balde. Depois, compare a turbidez com a escala colorimétrica (02) e a cor com a escala colorimétrica (03) e verifique a presença ou a ausência de turbidez e cor.
4o passo:
Medição do cloro:
Com as mãos bem limpas, pegue o tubo de ensaio para medir o cloro. Encha-o até faltar ao equivalente a um dedo para completá-lo com a água do balde. Em seguida, adicione 1 (uma) espátula rasa de Iodeto de Potássio e 2 (duas) rasas da outra espátula de amido e agite até a coloração ficar homogênea. Depois, compare a cor com as da escala colorimétrica (04) de teor de cloro e verifique qual o teor mais próximo.
5o passo:
Presença de nitrito:
Com as mãos bem limpas, pegue o tubo de ensaio para medir o nitrito. Encha-o até faltar ao equivalente a um dedo para completá-lo com a água do balde. Em seguida, adicione 3 (três) gotas da solução de permanganato acidulada (etiquetada como “NITRITO”). Agite até a coloração ficar homogênea. Depois, compare a cor com a escala colorimétrica (05) e verifique a presença ou a ausência de nitrito.
Descubra mais informações sobre o kit de análise Luiz Gomes
Título: Kit de baixo custo para avaliação da potabilidade da água em zonas rurais
Autor: Luiz Gomes Junior
Link da tese: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/NCAP-87LKFV
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi produzir um kit para a avaliação da qualidade de água, de simples funcionamento e baixo custo de confecção, para que o produtor rural possa realizar o monitoramento freqüente por meio de análises físico-químicas da água, para famílias da comunidade rural do Planalto, localizada no município de Montes Claros, região semiárida de Minas Gerais. O kit alternativo foi desenvolvido nos laboratórios da UFMG, que possibilitou a comparação de seus resultados com os dos métodos convencionais. Foram realizados testes para análises de parâmetros físico-químicos, em laboratório, com amostras de água, de maneira convencional e utilizando o kit, e posteriormente foi testada a eficiência do kit na comunidade do Planalto. Esse kit possibilitará averiguar a qualidade da água de forma rápida e in loco, diminuindo o risco de que a população situada na região de características semelhantes às da comunidade rural do Planalto consuma água de baixa qualidade.